A origem de Santa Maria passa pelas tribos indígenas dos minuanos e tapes que habitavam a região e pela história da lenda de criação de Morotin. Pesquisas realizadas indicam o nascimento do município a partir de um posto de índios denominado “Guarda de Santa Maria”, que pertencia a uma estância missioneira da Companhia de Jesus.
Estas e outras considerações foram retiradas de obra de Aristilda Recchia, intitulada “A História do Município de Santa Maria”, dando conta de que o caminho do desenvolvimento local foi uma trilha pequena e estreita no meio de selvas desbravadas.
Os Minuanos, segundo José de Saldanha, habitavam parte do território relativo à zona de campanha, mais precisamente na Coxilha de Pau Fincado. A maior parte dos habitantes, entretanto, era representada pelos tapes que viviam na mataria da Serra.
Conheça a Lenda de Criação de Morotin
A povoação passou a ser conhecida como Acampamento de Santa Maria, mais tarde juntado-lhe “Boca do Monte” por estar próximo da entrada da primeira grande picada que conduzia a São Martinho, no Monte Grande ou Serra de São Martinho. E que tudo isso tem a ver com a origem dos hotéis da marca Morotin? Descubra lendo as reproduções da “Lenda de Ymembui” a seguir:
- “Viviam em plena paz e completa felicidade, num lugar em que hoje se assenta a cidade de Santa Maria, duas pequenas tribos dos Tapes e dos Minuanos – que se haviam unido por instinto de conservação e defesa de bens…”
- “As águas cristalinas do “Taimbé” viu dar-se à luz a uma linda menina que tomou o nome de Ymembui – “Filha da Água”. Como rainha das selvas, cresceu rodeada das maiores atenções e, atingindo a puberdade, teve seu prestígio aumentado em razão de sua formosura impressionante e da bondade que seu coração irradiava…”
- “As duas tribos amigas tinham levantado suas tabas, uma à direita da sanga do Taimbé, outra à esquerda, denominando aquele local de “Ybytory” (Terra da Alegria) sendo Ybytory-Retan a povoação da Terra da Alegria. Da arte do combate, herdaram a permanente vigília, cercados de sentinelas que corriam a prevenir o cacique mediante a aproximação de estranhos…”
- “Bandeirantes, tendo avistado a pacata povoação indígena certa manhã, para lá se dirigiram na intenção perversa de fazer escravos, aprisionando alguns índios. Já aproximados do alvo de sua cobiça, despejaram suas armas de fogo contra os ranchos, mas os índios os destroçam em poucos minutos. Ficaram dois prisioneiros brancos…”
- “O mais moço deles, de nome Rodrigues, seria condenado à morte e o outro posto em liberdade para levar a seus companheiros um aviso. Rodrigues era um guapo rapaz de trinta anos, robusto e de uma coragem serena que produziu forte impressão no espírito dos indígenas. Amarrado debaixo de uma ramada, recebia a visita curiosa de toda a tribo, inclusive de Ymembui…”
- “Chegando à casa, ela pediu pela preservação da vida do homem branco, dizendo morrer junto caso executassem a sentença. Sua declaração categórica salvou a vida de Rodrigues, com a condição de ficar pertencendo à tribo e morando numa cabana levantada junto à do Cacique. Ele recebeu o nome de ‘Morotin’ (homem branco)…”
- “Morotin amou-a sinceramente, casando-se com Ymembui e, nos braços da esposa amada, encontrou a felicidade. Tiveram um filho chamado José…”
É a partir desta lenda de magia, amor e espírito de luta que os empreendimentos Morotin querem continuar fazendo história em Santa Maria e região.